Coucou!
A expressão de hoje é bem divertida e obviamente quando eu ouvi, pensei em besteira!
Na aula de francês da semana passada, a professora estava ensinando expressões criadas com partes do corpo humano. Na lista de expressões, identifiquei logo uma que eu "conhecia": "avoir un poil dans la main".
Já pensei logo que fosse alguma coisa ligada à puberdade masculina e a famosa equação legendária "piupiu + masturbação = pelos nas mãos".
Mas NÃO, não tem NADA haver com isso minha gente!
Dizer que alguém "a un poil dans la main" (literalmente, alguém "tem um pelo na mão") significa simplesmente que a pessoa é preguiçosa e não gosta de fazer esforço.
Por exemplo, suponhamos que eu esteja carregando uma mesa e peço sua ajuda. Você esta morrendo de preguiça e não vem me ajudar. Então posso dizer: "Pourquoi tu ne viens pas m'aider? Est-ce-que tu as un poil dans la main?" ("Porque você não vem me ajudar? Você tem um pelo na mão?").
Curioso como as expressões idiomáticas podem usar as mesmas partes do corpo, mas com significados totalmente distindos em línguas diferentes.
terça-feira, 17 de abril de 2012
segunda-feira, 16 de abril de 2012
Kosher x halal: política com gosto duvidoso
Salut mes amis!
Você já ouviu, alguma vez na sua vida, falar em halal? Não? E em kosher? Não faz a mínima ideia? Nem eu, mas são coisas que eu aprendi na França. Você deve estar se perguntando o que isso tem haver com a seção do blog. Ultimamente, essas duas palavrinhas tão causando um furor aqui na França, entrando até em destaque nas campanhas presidenciais.
Vamos começar primeiro com as definições. Halal é uma palavra árabe que significa "permitido", utilizada pelos mulçumanos para se referir a todos os tipos de práticas aceitas pela religião islâmica. O "abbatage halal" é o método de abate de animais descrito no Corão. Somente um muçulmano que já ultrapassou a puberdade pode realizar o abate, que consiste em matar o animal com um corte na artéria carótida e deixá-lo sangrar. O animal deve ter sua cabeça virada para Meca e, antes de sua morte, deve ser recitada uma prece.
Kosher, por sua vez, é o termo em hebraico que designa um alimento próprio para consumo segundo os judeus. Pelo que eu li na Internet, o método de abate kosher é bem parecido com o halal, já que também deve-se matar o animal com um golpe só no pescoço e tirar dele todo o sangue, evitando sempre que o animal sofra o menos possível. No entando, a pessoa designada para realizar o abata é o Sochet e a prece recitada antes do abatimento esta inscrita no Talmud (uma especie de compilação das leis orais do judaísmo). Uma das diferenças entre os dois, por exemplo, é que no caso dos judeus partes do corpo como esôfago e traqueia devem ser cortados sem danificar os ossos. Outra diferença está na parte dos animais que pode ser consumida.
Até ai nada, né? Cada um com seu ritual, na boa. Só que no dia 28 de fevereiro, a QUE-RI-DA candidata à presidência do partido de extrema-direita francês, Marine Le Pen, afirmou em coletiva que toda a carne que circula na região de Île-de-France (Paris e arredores) é 100% de origem halal. Aí, minha gente, o negócio pegou fogo. Uma das regiões mais cosmopolitas do mundo ferveu. Uma longa discussão se iniciou sobre a necessidade de identificação do abate nas embalagens e etc, gente falando nos jornais, TV, radio, chegando até à possibilidade de criar uma lei aue regulamentasse essa identificação.
O Conselho Europeu, no entanto, se colocou contra a obrigação de etiquetagem dos produtos, a fim de evitar discriminações e possíveis boicotes. Muitos politicos franceses, no entanto, ficaram em cima do muro. Nicholas Sarkozy, atual presidente francês e candidato à reeleição, tratou logo de desmentir os dados veiculados por Le Pen e colocar panos quentes sobre a situação. Mas em seguida, se colocou a favor de uma etiquetagem com relação à forma de abate dos animais. François Hollande, candidato socialista, acusou Sarkozy de fazer lobby e disse que segundo ele bastasse que os animais fossem abatidos em condições sanitárias segundo a regulamentação francesa. E assim mais um enclave foi levantado na corrida para as eleições.
Sinceramente, já comi carne dos dois tipos e pra mim o gosto é exatamente o mesmo. Logicamente que respeito aqueles que possuem suas práticas e não estou menosprezando nenhuma delas aqui. Quando vou ao mercado, encontro várias marcas que, muito antes da discussão em questão, já identificavam seus produtos (vide foto acima) pela forma de abate, até para que as comunidades em questão possam seguir seus rituais conforme desejam. Então, visto que essas identificações já partiram das próprias empresas, acredito ser desnecessária uma lei nacional que exija a identificação. Acho que aqueles que seguem uma religião específica com tantas restrições conhecem as marcas e produtos que atendem às delimitações nas quais vivem. Sem contar que, aqui na França, acho que essa lei poderia incitar sim atos discriminatórios. Talvez seria interessante uma identificação internacional padronizada, não só para esses dois produtos mas para todos que sigam preceitos religiosos específicos, para garantir que estes estejam conforme suas práticas desejam, mas ainda assim acredito que isso seria uma bomba no comércio internacional e aumentaria ainda mais o preconceito entre as pessoas
Mas acho incrível como isso aqui virou um "trending topic". Qualquer pontinho vira ponto de discussão. Nos discursos dos candidatos à eleição (e também na mente de muitas pessoas), essa questão do halal já puxou discriminação, imigração, educação...E num país que prega tanto a liberdade de expressão e a laicidade de seu governo, acho um absurdo ver candidatos como Le Pen afirmando que tornaria o abate halal ilegal na França (vale ressaltar que a candidata extremista tem cerca de 10-15% de intenção de votos). É estranho o conceito de liberdade de expressão e de credo defendido pelas pessoas.
Essa polêmica, como tantas outras (como a lei contra os véus, as pesquisas de "identidade nacional"), futucou na ferida dos franceses: até que ponto o conceito de liberdade se aplica na realidade? Qual é a linha tênue que separa aceitação e discriminação?
Fontes:
http://www.upi.com/Top_News/World-News/2012/03/07/Halal-meat-a-big-issue-in-French-election/UPI-18211331138581/
http://www.icare.to/article.php?id=38124&lang=en
http://ae.imcode.com/es/1138?template=ReferenceText
Você já ouviu, alguma vez na sua vida, falar em halal? Não? E em kosher? Não faz a mínima ideia? Nem eu, mas são coisas que eu aprendi na França. Você deve estar se perguntando o que isso tem haver com a seção do blog. Ultimamente, essas duas palavrinhas tão causando um furor aqui na França, entrando até em destaque nas campanhas presidenciais.
Vamos começar primeiro com as definições. Halal é uma palavra árabe que significa "permitido", utilizada pelos mulçumanos para se referir a todos os tipos de práticas aceitas pela religião islâmica. O "abbatage halal" é o método de abate de animais descrito no Corão. Somente um muçulmano que já ultrapassou a puberdade pode realizar o abate, que consiste em matar o animal com um corte na artéria carótida e deixá-lo sangrar. O animal deve ter sua cabeça virada para Meca e, antes de sua morte, deve ser recitada uma prece.
Kosher, por sua vez, é o termo em hebraico que designa um alimento próprio para consumo segundo os judeus. Pelo que eu li na Internet, o método de abate kosher é bem parecido com o halal, já que também deve-se matar o animal com um golpe só no pescoço e tirar dele todo o sangue, evitando sempre que o animal sofra o menos possível. No entando, a pessoa designada para realizar o abata é o Sochet e a prece recitada antes do abatimento esta inscrita no Talmud (uma especie de compilação das leis orais do judaísmo). Uma das diferenças entre os dois, por exemplo, é que no caso dos judeus partes do corpo como esôfago e traqueia devem ser cortados sem danificar os ossos. Outra diferença está na parte dos animais que pode ser consumida.
Até ai nada, né? Cada um com seu ritual, na boa. Só que no dia 28 de fevereiro, a QUE-RI-DA candidata à presidência do partido de extrema-direita francês, Marine Le Pen, afirmou em coletiva que toda a carne que circula na região de Île-de-France (Paris e arredores) é 100% de origem halal. Aí, minha gente, o negócio pegou fogo. Uma das regiões mais cosmopolitas do mundo ferveu. Uma longa discussão se iniciou sobre a necessidade de identificação do abate nas embalagens e etc, gente falando nos jornais, TV, radio, chegando até à possibilidade de criar uma lei aue regulamentasse essa identificação.
O Conselho Europeu, no entanto, se colocou contra a obrigação de etiquetagem dos produtos, a fim de evitar discriminações e possíveis boicotes. Muitos politicos franceses, no entanto, ficaram em cima do muro. Nicholas Sarkozy, atual presidente francês e candidato à reeleição, tratou logo de desmentir os dados veiculados por Le Pen e colocar panos quentes sobre a situação. Mas em seguida, se colocou a favor de uma etiquetagem com relação à forma de abate dos animais. François Hollande, candidato socialista, acusou Sarkozy de fazer lobby e disse que segundo ele bastasse que os animais fossem abatidos em condições sanitárias segundo a regulamentação francesa. E assim mais um enclave foi levantado na corrida para as eleições.
Sinceramente, já comi carne dos dois tipos e pra mim o gosto é exatamente o mesmo. Logicamente que respeito aqueles que possuem suas práticas e não estou menosprezando nenhuma delas aqui. Quando vou ao mercado, encontro várias marcas que, muito antes da discussão em questão, já identificavam seus produtos (vide foto acima) pela forma de abate, até para que as comunidades em questão possam seguir seus rituais conforme desejam. Então, visto que essas identificações já partiram das próprias empresas, acredito ser desnecessária uma lei nacional que exija a identificação. Acho que aqueles que seguem uma religião específica com tantas restrições conhecem as marcas e produtos que atendem às delimitações nas quais vivem. Sem contar que, aqui na França, acho que essa lei poderia incitar sim atos discriminatórios. Talvez seria interessante uma identificação internacional padronizada, não só para esses dois produtos mas para todos que sigam preceitos religiosos específicos, para garantir que estes estejam conforme suas práticas desejam, mas ainda assim acredito que isso seria uma bomba no comércio internacional e aumentaria ainda mais o preconceito entre as pessoas
Mas acho incrível como isso aqui virou um "trending topic". Qualquer pontinho vira ponto de discussão. Nos discursos dos candidatos à eleição (e também na mente de muitas pessoas), essa questão do halal já puxou discriminação, imigração, educação...E num país que prega tanto a liberdade de expressão e a laicidade de seu governo, acho um absurdo ver candidatos como Le Pen afirmando que tornaria o abate halal ilegal na França (vale ressaltar que a candidata extremista tem cerca de 10-15% de intenção de votos). É estranho o conceito de liberdade de expressão e de credo defendido pelas pessoas.
Essa polêmica, como tantas outras (como a lei contra os véus, as pesquisas de "identidade nacional"), futucou na ferida dos franceses: até que ponto o conceito de liberdade se aplica na realidade? Qual é a linha tênue que separa aceitação e discriminação?
Fontes:
http://www.upi.com/Top_News/World-News/2012/03/07/Halal-meat-a-big-issue-in-French-election/UPI-18211331138581/
http://www.icare.to/article.php?id=38124&lang=en
http://ae.imcode.com/es/1138?template=ReferenceText
quinta-feira, 12 de abril de 2012
"La crème aux spéculoos": muito melhor do que você imagina!
Salut galera!
Nhammy, nhammy, nhammy! Aqui estou eu mais uma vez para engordar vocês com os olhos!
Delicinha de hoje: La crème aux spéculoos.
Olha a desgraça aí! De fato, a foto não faz jus à dessert. Na minha opinião é uma das melhores coisas que a gente encontra no mercado. Pelo que eu vi nas receitas da internet, essa sobremesa é feita à base de creme de leite, açúcar mascavo, caramelo e ovos. Depois que o creme fica pronto, a gente joga farelo de spéculoos por cima, que é um biscoitinho marrom também feito com açúcar mascavo.
Pro maldito ficar ainda mais gostoso, tem gente que ainda gosta de jogar sorvete de creme por cima. O danado é bom mesmo (aliás, tudo da marca Rians é muito gostoso), mas um pouquinho caro. Em geral a embalagem com 2 custa 2,10 € (em torno de R$ 5,00), só que a Rians andou dando vááááários cupons de desconto, então às vezes eu consigo comprar por 1,80 € (R$ 4,30).
Essa sobremesa é, definitivamente, magnifique! Deu vontade de provar?
Site oficial da Rians : http://www.rians.com/desserts/dessert-creme-speculoos-detail.php
Nhammy, nhammy, nhammy! Aqui estou eu mais uma vez para engordar vocês com os olhos!
Delicinha de hoje: La crème aux spéculoos.
Olha a desgraça aí! De fato, a foto não faz jus à dessert. Na minha opinião é uma das melhores coisas que a gente encontra no mercado. Pelo que eu vi nas receitas da internet, essa sobremesa é feita à base de creme de leite, açúcar mascavo, caramelo e ovos. Depois que o creme fica pronto, a gente joga farelo de spéculoos por cima, que é um biscoitinho marrom também feito com açúcar mascavo.
Pro maldito ficar ainda mais gostoso, tem gente que ainda gosta de jogar sorvete de creme por cima. O danado é bom mesmo (aliás, tudo da marca Rians é muito gostoso), mas um pouquinho caro. Em geral a embalagem com 2 custa 2,10 € (em torno de R$ 5,00), só que a Rians andou dando vááááários cupons de desconto, então às vezes eu consigo comprar por 1,80 € (R$ 4,30).
Essa sobremesa é, definitivamente, magnifique! Deu vontade de provar?
Site oficial da Rians : http://www.rians.com/desserts/dessert-creme-speculoos-detail.php
domingo, 8 de abril de 2012
Pâques: uma festa bem diferente
Salut
Comment ça va? Hoje vou falar da Fête de Pâques (Festa de Páscoa), pois ela é um pouco diferente do Brasil. Mesmo o significado religioso sendo o mesmo, há alguns fatos diferentes e curiosos.
1. Variedade e propaganda
Achei engraçado isso aqui. "Pâques" aqui na França não é (ainda) uma festa comercial. Por isso, tanto nos pequenos quanto nos grandes mercados, a variedade de ovos de chocolate é bem pequena se comparada ao Brasil. Sinceramente, aqui eu só achei ovos, coelhos e bonbons de algumas marcas: Toblerone, Kinder (foto), Ferrero Rocher, Lindt, Hello Kitty, Barbie e Cars. Logicamente, nas lojas especializadas em chocolate, como Jeff de Bruges e Leonidas, é possivel encontrar ovos de pascoa artesanais.
Em uma loja de porte médio, por exemplo, você encontra entre três e quatro marcas, o que eu considero uma diversidade pequena. Além disso, o tamanho médio é 250 gramas (o tamanho 15 no Brasil), e é dificil encontrá-lo em outros tamanhos. O preço aqui varia de 4,00 a 10,00 euros (12 e 30 reais).
Aliás, na televisão também é dificil ver propagandas voltadas para a Páscoa. Arrisco dizer que só a Kinder e a Lindt fizeram comerciais, que passaram bem pouco na tv. Acho que a Páscoa é um feriado meia-boca por aqui.
2. O feriado
O feriado aqui, diferentemente do Brasil, não é na sexta-feira santa. Aqui o feriado é na segunda-feira após o domingo de Páscoa, conhecida como "lundi de Pâques". Por quê? Não faço a mínima ideia. A única coisa que eu sei é que é uma tradição de várias décadas. Aliás, vale ressaltar que aqui na França o feriado é na segunda, mas em outros países da Europa, como na Itália, o feriado começa na sexta-feira santa e dura até a outra sexta-feira (ou seja, uma semana inteira de feriado). Depois eu escuto que brasileiro é quem não gosta de trabalhar, sei...
3. Publico-alvo
Aqui a Páscoa não é um feriado para todas as idades, mas ela atinge um publico específico: as crianças. Só elas ganham os oeufs ou lapins de chocolate; os adultos, por sua vez, se ganham algo, é uma barra de chocolate ou um bombom.
Na França é normal organizar para as crianças a "chasse aux oeufs" (caçada aos ovos de chocolate). Em geral, a família esconde ovinhos de chocolate no jardim, para que as crianças procureç. Em cidades como Paris é normal encontrar grandes eventos nos parques para as crianças, com ovos espalhados para todo o lado, além de brincadeiras e outras atrações infantis.
4. Símbolos
A maioria dos símbolos é semelhante, mas achei curioso a questão dos sinos. Aqui na França, a história contada para as crianças antigamente não era aquela em que o coelho da Páscoa traz os ovos para elas.
Por ser um país de tradição católica (ainda que, hoje em dia, seja um país laico), a história aqui contada é de que os sinos das igrejas, após a morte de Jesus na sexta-feira, vão em direção à Roma e lá ficam de luto e em silêncio. No domingo, com a ressureição, eles retornam às igrejas e, no caminho, vão deixando os ovos como sinal da nova vida. Curioso, não?
Atualmente, com o comércio e a mistura de culturas, também dá pra encontrar coelhos como símbolos. Achei a história dos sinos interessante, mas eu ainda prefiro o coelho! hehehe
Gostaram? Bom, vou ficando por aqui. À la prochaine et Joyeuse Pâques!
Comment ça va? Hoje vou falar da Fête de Pâques (Festa de Páscoa), pois ela é um pouco diferente do Brasil. Mesmo o significado religioso sendo o mesmo, há alguns fatos diferentes e curiosos.
1. Variedade e propaganda
Achei engraçado isso aqui. "Pâques" aqui na França não é (ainda) uma festa comercial. Por isso, tanto nos pequenos quanto nos grandes mercados, a variedade de ovos de chocolate é bem pequena se comparada ao Brasil. Sinceramente, aqui eu só achei ovos, coelhos e bonbons de algumas marcas: Toblerone, Kinder (foto), Ferrero Rocher, Lindt, Hello Kitty, Barbie e Cars. Logicamente, nas lojas especializadas em chocolate, como Jeff de Bruges e Leonidas, é possivel encontrar ovos de pascoa artesanais.
Em uma loja de porte médio, por exemplo, você encontra entre três e quatro marcas, o que eu considero uma diversidade pequena. Além disso, o tamanho médio é 250 gramas (o tamanho 15 no Brasil), e é dificil encontrá-lo em outros tamanhos. O preço aqui varia de 4,00 a 10,00 euros (12 e 30 reais).
Aliás, na televisão também é dificil ver propagandas voltadas para a Páscoa. Arrisco dizer que só a Kinder e a Lindt fizeram comerciais, que passaram bem pouco na tv. Acho que a Páscoa é um feriado meia-boca por aqui.
2. O feriado
O feriado aqui, diferentemente do Brasil, não é na sexta-feira santa. Aqui o feriado é na segunda-feira após o domingo de Páscoa, conhecida como "lundi de Pâques". Por quê? Não faço a mínima ideia. A única coisa que eu sei é que é uma tradição de várias décadas. Aliás, vale ressaltar que aqui na França o feriado é na segunda, mas em outros países da Europa, como na Itália, o feriado começa na sexta-feira santa e dura até a outra sexta-feira (ou seja, uma semana inteira de feriado). Depois eu escuto que brasileiro é quem não gosta de trabalhar, sei...
3. Publico-alvo
Aqui a Páscoa não é um feriado para todas as idades, mas ela atinge um publico específico: as crianças. Só elas ganham os oeufs ou lapins de chocolate; os adultos, por sua vez, se ganham algo, é uma barra de chocolate ou um bombom.
Na França é normal organizar para as crianças a "chasse aux oeufs" (caçada aos ovos de chocolate). Em geral, a família esconde ovinhos de chocolate no jardim, para que as crianças procureç. Em cidades como Paris é normal encontrar grandes eventos nos parques para as crianças, com ovos espalhados para todo o lado, além de brincadeiras e outras atrações infantis.
4. Símbolos
A maioria dos símbolos é semelhante, mas achei curioso a questão dos sinos. Aqui na França, a história contada para as crianças antigamente não era aquela em que o coelho da Páscoa traz os ovos para elas.
Por ser um país de tradição católica (ainda que, hoje em dia, seja um país laico), a história aqui contada é de que os sinos das igrejas, após a morte de Jesus na sexta-feira, vão em direção à Roma e lá ficam de luto e em silêncio. No domingo, com a ressureição, eles retornam às igrejas e, no caminho, vão deixando os ovos como sinal da nova vida. Curioso, não?
Atualmente, com o comércio e a mistura de culturas, também dá pra encontrar coelhos como símbolos. Achei a história dos sinos interessante, mas eu ainda prefiro o coelho! hehehe
Gostaram? Bom, vou ficando por aqui. À la prochaine et Joyeuse Pâques!
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