segunda-feira, 14 de maio de 2012

2 days in New York: festa dos estereótipos!


 Hello!

Ué, mudei de idioma? Nada disso caro leitor, é só para introduzir o filme de hoje. Apesar do nome e do cenário serem dos Estados Unidos, o filme fala basicamente dos estereótipos culturais sobre os estadounidenses mas, principalmente, sobre os franceses. 2 days in New York.





Olha, o IBDM dá 6,7 pra esse filme (mas o IBDM adora contrariar o meu gosto para filmes). A história é divertida e, se você tiver em casa sem fazer nada, é um filme legal para alugar na locadora. O filme é a continuação do 2 days in Paris, com a diferença que a personagem Marion se separou do antigo amor e agora mora com o novo namorado Mingus e os filhos dos  relacionamentos anteriores dos dois. A graça  começa quando a família de Marion resolve vir da França para visita-la. Além dos preconceitos leves contra Mingus, a família radicaliza todos os estereótipos franceses, como a falta de banho, a paixão por queijos e vinhos, a mentalidade liberal (tanto sexual quanto em relação às drogas) etc. E o mesmo vale para Mingus e a ideia da  família francesa em relação a ele e à vida nos EUA.

 É claro que grande parte das "lendas" são pura mentira, mas algumas delas são verdade até demais e é divertido ver como as duas culturas diferentes se  percebem. Acho que vale a pena ver esse filme e  se divertir com os tipos "inventados". :)



segunda-feira, 7 de maio de 2012

Le muguet de mai

Bonjour!

Ça va bien? Então, né...alguém ainda lê esse blog? Je suis vraiment désolée! Muitos trabalhos para fazer + pouco tempo para entregar + dificuldade enorme com o idioma = atraso de postagens no blog. Eu tentei usar o programador de postagens, mas ele não funcionou muito bem, então atrasou mesmo.


 Hoje eu queriq comentar rapidinho sobre uma curiosidade sobre essa plantinha aqui, o muguet:






Aqui na França, no dia 1º  de maio, é celebrado o dia do trabalhador. Mas nesse dia também é comum ver pessoas oferecendo o muguet (em português, se chama lírio do vale) aos amigos ou à família. Mas da onde é que vem essa tradition?

Desde a época da Renascença, o muguet é conhecido como uma flor que traz boa sorte. Além disso, reza a lenda que em 1900 os costureiros ofereciam aos seus clientes, no primeiro de maio, ramos de muguet. Depois, o costume acabou sendo adotado por todo mundo e é normal você receber de alguém próximo um ramo de muguet.

Eu recebi a minha pela primeira vez esse ano, do meu amor! ^^  O mais curioso é que você só vê essa plantinha vendendo no dia primeiro de maio. No dia seguinte, ela desaparece das lojas, como mágica. Curioso, não?

Fonte: http://www.pourquois.com/societe/pourquoi-offre-muguet-1er-mai.html

terça-feira, 17 de abril de 2012

Expressão da semana: avoir un poil dans la main

Coucou!


A expressão de hoje é bem divertida e obviamente quando eu ouvi, pensei em besteira!

Na aula de francês da semana passada, a professora estava ensinando expressões criadas com partes do corpo humano. Na lista de expressões, identifiquei logo uma que eu "conhecia": "avoir un poil dans la main".







Já pensei logo que fosse alguma coisa ligada à puberdade masculina e a famosa equação legendária "piupiu + masturbação = pelos nas mãos".







Mas NÃO, não tem NADA haver com isso minha gente!
Dizer que alguém "a un poil dans la main" (literalmente, alguém "tem um pelo na mão") significa simplesmente que a pessoa é preguiçosa e não gosta de fazer esforço.

Por exemplo, suponhamos que eu esteja carregando uma mesa e peço sua ajuda. Você esta morrendo de preguiça e não vem me ajudar. Então posso dizer: "Pourquoi tu ne viens pas m'aider? Est-ce-que tu as un poil dans la main?" ("Porque você não vem me ajudar? Você tem um pelo na mão?").

Curioso como as expressões idiomáticas podem usar as mesmas partes do corpo, mas com significados totalmente distindos em línguas diferentes.

segunda-feira, 16 de abril de 2012

Kosher x halal: política com gosto duvidoso

Salut mes amis!

Você já ouviu, alguma vez na sua vida, falar em halal? Não? E em kosher? Não faz a mínima ideia? Nem eu, mas são coisas que eu aprendi na França. Você deve estar se perguntando o que isso tem haver com a seção do blog. Ultimamente, essas duas palavrinhas tão causando um furor aqui na França, entrando até em destaque nas campanhas presidenciais.

Vamos começar primeiro com as definições. Halal é uma palavra árabe que significa "permitido", utilizada pelos mulçumanos para se referir a todos os tipos de práticas aceitas pela religião islâmica. O "abbatage halal" é o método de abate de animais descrito no Corão. Somente um muçulmano que já ultrapassou a puberdade pode realizar o abate, que consiste em matar o animal com um corte na artéria carótida e deixá-lo sangrar. O animal deve ter sua cabeça virada para Meca e, antes de sua morte, deve ser recitada uma prece.




Kosher, por sua vez, é o termo em hebraico que designa um alimento próprio para consumo segundo os judeus. Pelo que eu li na Internet, o método de abate kosher é bem parecido com o halal, já que também deve-se matar o animal com um golpe só no pescoço e tirar dele todo o sangue, evitando sempre que o animal sofra o menos possível. No entando, a pessoa designada para realizar o abata é o Sochet e a prece recitada antes do abatimento esta inscrita no Talmud (uma especie de compilação das leis orais do judaísmo). Uma das diferenças entre os dois, por exemplo, é que no caso dos judeus partes do corpo como esôfago e traqueia devem ser cortados sem danificar os ossos. Outra diferença está na parte dos animais que pode ser consumida.





Até ai nada, né? Cada um com seu ritual, na boa. Só que no dia 28 de fevereiro, a QUE-RI-DA candidata à presidência do partido de extrema-direita francês, Marine Le Pen, afirmou em coletiva que toda a carne que circula na região de Île-de-France (Paris e arredores) é 100% de origem halal. Aí, minha gente, o negócio pegou fogo. Uma das regiões mais cosmopolitas do mundo ferveu. Uma longa discussão se iniciou sobre a necessidade de identificação do abate nas embalagens e etc, gente falando nos jornais, TV, radio, chegando até à possibilidade de criar uma lei aue regulamentasse essa identificação.








O Conselho Europeu, no entanto, se colocou contra a obrigação de etiquetagem dos produtos, a fim  de evitar discriminações e possíveis boicotes. Muitos politicos franceses, no entanto, ficaram em cima do muro. Nicholas Sarkozy, atual presidente francês e candidato à reeleição, tratou logo de desmentir os dados veiculados por Le Pen e colocar panos quentes sobre a situação. Mas em seguida, se colocou a favor de uma etiquetagem com relação à forma de abate dos animais. François Hollande, candidato socialista, acusou Sarkozy de fazer lobby e disse que segundo ele bastasse que os animais fossem abatidos em condições sanitárias segundo a regulamentação francesa. E assim mais um enclave foi levantado na corrida para as eleições.


Sinceramente, já comi carne dos dois tipos e pra mim o gosto é exatamente o mesmo. Logicamente que respeito aqueles que possuem suas práticas e não estou menosprezando nenhuma delas aqui. Quando vou ao mercado, encontro várias marcas que, muito antes da discussão em questão, já identificavam seus produtos (vide foto acima) pela forma de abate, até para que as comunidades em questão possam seguir seus rituais conforme desejam. Então, visto que essas identificações já partiram das próprias empresas, acredito ser desnecessária uma lei nacional que exija a identificação. Acho que aqueles que seguem uma religião específica com tantas restrições conhecem as marcas e produtos que atendem às delimitações nas quais vivem. Sem contar que, aqui na França, acho que essa lei poderia incitar sim atos discriminatórios. Talvez seria interessante uma identificação internacional padronizada, não só para esses dois produtos mas para todos que sigam preceitos religiosos específicos, para garantir que estes estejam conforme suas práticas desejam, mas ainda assim acredito que isso seria uma bomba no comércio internacional e aumentaria ainda mais o preconceito entre as pessoas


Mas acho incrível como isso aqui virou um "trending topic". Qualquer pontinho vira ponto de discussão. Nos discursos dos candidatos à eleição (e também na mente de muitas pessoas), essa questão do halal já puxou discriminação, imigração, educação...E num país que prega tanto a liberdade de expressão e a laicidade de seu governo, acho um absurdo ver candidatos como Le Pen afirmando que tornaria o abate halal ilegal na França (vale ressaltar que a candidata extremista tem cerca de 10-15% de intenção de votos). É estranho o conceito de liberdade de expressão e de credo defendido pelas pessoas. 

Essa polêmica, como tantas outras (como a lei contra os véus, as pesquisas de "identidade nacional"), futucou na ferida dos franceses: até que ponto o conceito de liberdade se aplica na realidade? Qual é a linha tênue que separa aceitação e discriminação?




Fontes:

http://www.upi.com/Top_News/World-News/2012/03/07/Halal-meat-a-big-issue-in-French-election/UPI-18211331138581/
http://www.icare.to/article.php?id=38124&lang=en
http://ae.imcode.com/es/1138?template=ReferenceText

quinta-feira, 12 de abril de 2012

"La crème aux spéculoos": muito melhor do que você imagina!

Salut galera!


Nhammy, nhammy, nhammy! Aqui estou eu mais uma vez para engordar vocês com os olhos!
Delicinha de hoje: La crème aux spéculoos.





Olha a desgraça aí! De fato, a foto não faz jus à dessert. Na minha opinião é uma das melhores coisas que a gente encontra no mercado. Pelo que eu vi nas receitas da internet, essa sobremesa é feita à base de creme de leite, açúcar mascavo, caramelo e ovos. Depois que o creme fica pronto, a gente joga farelo de spéculoos por cima, que é um biscoitinho marrom também feito com açúcar mascavo.


Pro maldito ficar ainda mais gostoso, tem gente que ainda gosta de jogar sorvete de creme por cima. O danado é bom mesmo (aliás, tudo da marca Rians é muito gostoso), mas um pouquinho caro. Em geral a embalagem com 2 custa 2,10 (em torno de R$ 5,00), só que a Rians andou dando vááááários cupons de desconto, então às vezes eu consigo comprar por  1,80 (R$ 4,30).

Essa sobremesa é, definitivamente, magnifique! Deu vontade de provar?





Site oficial da Rians : http://www.rians.com/desserts/dessert-creme-speculoos-detail.php

domingo, 8 de abril de 2012

Pâques: uma festa bem diferente

Salut

Comment ça va? Hoje vou falar da Fête de Pâques (Festa de Páscoa), pois ela é um pouco diferente do Brasil. Mesmo o significado religioso sendo o mesmo, há alguns fatos diferentes e curiosos.









1. Variedade e propaganda

Achei engraçado isso aqui. "Pâques" aqui na França não é (ainda) uma festa comercial. Por isso, tanto nos pequenos quanto nos grandes mercados, a variedade de ovos de chocolate é bem pequena se comparada ao Brasil. Sinceramente, aqui eu só achei ovos, coelhos e bonbons de algumas marcas: Toblerone, Kinder (foto), Ferrero Rocher, Lindt, Hello Kitty, Barbie e Cars. Logicamente, nas lojas especializadas em chocolate, como Jeff de Bruges e Leonidas, é possivel encontrar ovos de pascoa artesanais.

Em uma loja de porte médio, por exemplo, você encontra entre três e quatro marcas, o que eu considero uma diversidade pequena. Além disso, o tamanho médio é 250 gramas (o tamanho 15 no Brasil), e é dificil encontrá-lo em outros tamanhos. O preço aqui varia de 4,00 a 10,00 euros (12 e 30 reais).

Aliás, na televisão também é dificil ver propagandas voltadas para a Páscoa. Arrisco dizer que só a Kinder e a Lindt fizeram comerciais, que passaram bem pouco na tv. Acho que a Páscoa é um feriado meia-boca por aqui.





2. O feriado

O feriado aqui, diferentemente do Brasil, não é na sexta-feira santa. Aqui o feriado é na segunda-feira após o domingo de Páscoa, conhecida como "lundi de Pâques". Por quê? Não faço a mínima ideia. A única coisa que eu sei é que é uma tradição de várias décadas. Aliás, vale ressaltar que aqui na França o feriado é na segunda, mas em outros países da Europa, como na Itália, o feriado começa  na sexta-feira santa e dura até a outra sexta-feira (ou seja, uma semana inteira de feriado). Depois eu escuto que brasileiro é quem não gosta de trabalhar, sei...







3. Publico-alvo

Aqui a Páscoa não é um feriado para todas as idades, mas ela atinge um publico específico: as crianças. Só elas ganham os oeufs ou lapins de chocolate; os adultos, por sua vez, se ganham algo, é uma barra de chocolate ou um bombom.

Na França é normal organizar para as crianças a "chasse aux oeufs" (caçada aos ovos de chocolate). Em geral, a família esconde ovinhos de chocolate no jardim, para que as crianças procureç. Em cidades como Paris é normal encontrar grandes eventos nos parques para as crianças, com ovos espalhados para todo o lado, além de brincadeiras e outras atrações infantis.






4. Símbolos


A maioria dos símbolos é semelhante, mas achei curioso a questão dos sinos. Aqui na França, a história contada para as crianças antigamente não era aquela em que o coelho da Páscoa traz os ovos para elas.

Por ser um país de tradição católica (ainda que, hoje em dia, seja um país laico), a história aqui contada é de que os sinos das igrejas, após a morte de Jesus na sexta-feira, vão em direção à Roma e lá ficam de luto e em silêncio. No domingo, com a ressureição, eles retornam às igrejas e, no caminho, vão deixando os ovos como sinal da nova vida. Curioso, não?

Atualmente, com o comércio e a mistura de culturas, também dá pra encontrar coelhos como símbolos. Achei a história dos sinos interessante, mas eu ainda prefiro o coelho! hehehe


Gostaram? Bom, vou ficando por aqui. À la prochaine et Joyeuse Pâques!









sexta-feira, 30 de março de 2012

Le Panthéon

Salut!

Cela fait longtemps, n'est-ce pas? Entre a correria da faculdade e meus pequenos problemas de saúde, vou tentando atualizar o blog. Bom, há umas três semanas atrás, fuidar uma volta no centro de Paris e resolvi entrar num lugar que eu nunca tinha visitado: o Panthéon.











O monumento começou a ser construído em 1764, a mando do rei Louis XV e, inicialmente era uma basílica dedicada à Sainte Génoveve. Em 1790, o monumeno tornou-se laico e virou a cripta para os franceses celébres na história do país. Para mim, o monumento é magnífico e vale a pena o investimento de 6 euros, não só pelas personalidades que lá descançam (Alexandre Dumas, Victor Hugo, Voltaire, Rousseau, Marie Curie...), mas também pela arquitetura lindíssima de seu interior e as pinturas do século XVIII. Tá passeando pelos Jardins de Luxembourg? Dá uma passadinha pelo Panthéon!



terça-feira, 20 de março de 2012

O negócio é cabelo!

Bonsoir!

Ça va? É, eu sei...tem um tempinho que eu não atualizo o blog. Aconteceram muitas coisas, não só comigo mas com a França também. Aos poucos vou contando. Mas aqui vou falar de algo que me deixa fascinada cada vez que eu saio nas ruas: les cheveux (os cabelos)!

Na minha cabeça (e na  de muita gente, eu acho), as francesas são conhecidas pelos lindíssimos cabelos curtos, vide o corte Channel que ganhou notoriedade graças à famosa estilista.

                                  
                                    
Audrey Tautou
Florence Foresti
Marion Cotillard
Jeanne Moreau





















 No entanto, todo dia que vou para a faculdade, esse meu estereótipo se desmancha. E por quê? Simplesmente porque as francesas, na verdade, adoram inventar penteados descolados (alguns estranhos, outros muito legais). Esses são alguns dos modelos que eu vejo por aí:



 



            
          






Infelizmente não dá pra colocar todos os estilos que vejo na rua (teria que tirar foto de todo mundo e não acho que  as pessoas iam gostar...). Mas acho que as fotos acima mostram um pouco da variedade de estilos das francesas. E aí, você adotaria algum desses coiffeurs?
   

       
         
   
                          





sexta-feira, 16 de março de 2012

Sabia que o Mika canta em francês? Não?

Bonjour!





Para começar o dia, nada melhor do que música, n'est-ce pas? Então, vamos para a recente música do Mika. Ele mesmo! O cantor britânico faz muito sucesso aqui na França, então ele resolveu gravar uma música em francês. No entanto, no novo CD do cantor, há uma versão da mesma música em inglês. Parece que a versão em francês só vai sair no release da França.

Eu sei, deveria estar postando um artista francês. Mas eu acho essa música muito legal e...dá um desconto, vai, ela tá em francês!




Mika - Elle me dit


sábado, 10 de março de 2012

Expressão da semana: fréquenter quelqu'un


Bonsoir!

Est-ce-que ça va? Essa semana eu estava assistindo o jornal no Canal +, que às vezes mistura fofocas e notcícias sérias. Qual não foi a minha surpresa quando os âncoras começaram a discutir sobre o cantor francês M. Pokora e uma repórter perguntou: est-ce-qu'il fréquente Alizée?

Para tudo! No Brasil a gente frequenta:


                                                                          um bar,




     uma escola,




uma praia,




Agora...uma pessoa? Confesso que quando ouvi isso, o que veio na minha cabeça foi:







E não foi só na minha! Enquanto eu estava procurando o significado da expressão, encontrei vários foruns de idiomas onde pessoas de outros países pensavam que "fréquenter quelqu'un" tinha haver com relações mais "calientes".

Maaaaas não tem nada haver. Bom, pode até ter, mas vai depender do casal. Na França, usamos "fréquenter" para lugares, assim como no português. No entanto, "fréquenter quelqu'un" significa apenas "ter um relacionamento sério com alguém". Quando você está apenas saindo com alguém (ficando, pegando ou outras variações do gênero), sem um envolvimento sério, deve usar a expressão "sortir avec quelqu'un". Se Marie está ficando com Pierre, eu digo "Marie sort avec Pierre". Se eles tiverem um comprometimento maior e começarem a namorar, vou dizer que "Marie fréquente Pierre".




Curioso, não?  E você, fréquentes-tu quelqu'un (está namorando alguém)?

sexta-feira, 9 de março de 2012

Não tem preço!

Salut!

Vou abrir esta seção do blog falando de um filme que eu adoro. Já o assisti várias vezes, mas é sempre um prazer revê-lo (principalmente quando você o encontra por acaso na TV). Essa história encenada por Audrey Tautou e Gad Elmaleh é uma comédia romântica leve e muito divertida.




Hors de prix (2006) conta a história de Irène (Tautou), uma golpista de mão cheia que vive às custas de ricaçosm e Jean (Elmaleh), um barman de hotel sonhador e meio-malandro. O dia em que Irène encontra Jean e o confunde um ricaço, os dois acabam dormindo juntos e a história toda vira uma confusão.

Eu acho o nível de francês desse filme médio, então dá pra assistí-lo com legendas em francês ou mesmo sem legendas e entendê-lo muito bem. Confira o trailer:





Site oficial: http://www.tfmdistribution.com/horsdeprix/main_site.htm

A paixão francesa pelos grandes musicais




Bonjour!

Na primeira vez que vim à França, fiquei surpresa com uma coisa: como os musicais aqui fazem sucesso! De inicio achei que era uma copia mal-feita dos espetaculos da Broadway. Depois que li mais e vi vídeos sobre o assunto, percebi que aqui os musicais também são super produções caríssimas, com roteiros originais e inúmeros artistas que formam uma grande fonte de entreterimento para os franceses e de lucro para seus organizadores. 

O mais famoso musical, e talvez aquele que tenha gerado a "febre" dos musicais na França, Notre Dame de Paris, foi representada em vários países e teve alguns de seus trechos disponibilizados na TV e nas rádios. Eu o vi pela primeira vez no curso de francês (graças à  super professora Jô). A canção "Belle" ocupa, até hoje , a terceira posição no ranking de singles mais vendidos na França. Isso sem falar no "catapultamento" ao estrelato dos novos cantores Hélène Segara, Daniel Lavoie, Garou, Bruno Pelletier, Patrick Fiori e outros. Patrick Fiori, por exemplo, se tornou uma refência da música francesa e suas músicas estão sempre entre as mais pedidas nas rádios. Na minha opinião este "show" é sensacional, pois acho que houve um enorme cuidado, não só na escolha dos cantores, mas com o cenário, o figurino, a maquiagem e as canções (que são lindíssimas!).


Belle



Desde então, os musicais deslancharam na França, com média de 3 a 4 produções diferentes por ano. Alguns dos grandes musicais de sucesso da França foram Roméo et Juliette, de la haine à l'amour; Le roi lion (adaptação da Disney e do espetáculo da Broadway); Le roi soleil e o mais recente,  Mozart L’Opera Rock (que eu vi em dvd e gostei çuito). Vale ressaltar que todos os espetaculos contam com várias versões em DVD, blue-ray, singles, CDs  etc, o que acaba tornando os espetáculos ainda mais rentáveis e aumenta a fama dos artistas que neles participaram. Só Mozart L’Opera Rock teve duas versões e foi encenado entre 2009 e 2011, com público de mais 100.000 pessoas . Os cantores Mikelangelo Loconte e Florent Mothe foram os grandes destaques de Mozart, peça que mistura ópera e a música clássica de Mozart com guitarras afinadas e bateria pesada.

C'est bientôt la fin



O genero « comédia musical », que mistura teatro, música e dança, surgiu nos EUA e na Inglaterra no século XX, e a partir de 1940 evoluiu para o que hoje conhecemos como os grandes musicais da Broadway. Na França, esse estilo tambem surgiu no século XX, ainda que mantendo certa distinção com relação ao estilo americo-britânico, como a visibilidade da banda/orquestra durante o espetáculo. Por volta dos anos 90, após anos de esquecimento, a mistura de artes voltou a cair no gosto do público.

Este ano, o mais famoso até agora é Adam & Eve : une seconde chance. O espetáculo conta a história de como seria, nos dias de hoje, o encontro entre Adão e Eva.


Ce qu'on ne m'a jamais dit




Outro espetáculo que corre por fora aqui é Dracula, l'amour plus fort que la mort, que conta a história do vampiro criado por Bram Stocker. No entanto, os diretores de Mozart já estão preparando um novo espetáculo, que promete ser a nova sensação na França. A grande produçao 1789 : les amants  de La Bastille  já está investindo pesado e já lançou dois clips promocionais na TV. A estreia está marcada para setembro e conta na apresentação com Rod Janois, cantor e compositor (que faz parte de La Bande des Cinq, grupo de compositores que escreveu não só as canções de 1789, mas também de Mozart, Dracula etc). Então, se você estiver aqui na época, não perca a oportunidade de assistir a este musical! Dá só uma espiadinha aqui:


Ça ira mon amour



La peine








Fontes:
            http://nddp.ucoz.com/index/acteurs/0-5

            http://www.romeoetjuliette.eu/

           http://www.mozartloperarock.fr/

           http://leroisoleil.forumactif.com/

           http://www.draculalespectacle.com/

          http://adameteve-lespectacle.com/

          http://www.1789-leforum.com/

          











quarta-feira, 7 de março de 2012

Gordice do dia: le Viennois au chocolat

Salut!

Ça va? Então...sendo descendente de portugueses e italianos, é mais do que óbvio que eu tenho alma de gordo. E estando aqui na França, com todas essas desserts e gâteaux aqui, eu tinha que honrar essas influências no meu sangue, né?

Como gorda que sou, é claro que eu não podia deixar de compartilhar os engordativos deliciosos que eu encontro por aqui (principalmente aquelas baratas e fáceis de encontrar nos mercados).

Primeiro engordativo altamente acessível: le Viennois

 
 

 Essa maravilha aí em cima custa, em média, 1,20 euros (cerca de 3 reais). Em geral o pacote vem com 4 e tem várias marcas que produzem essa dessert. Esse da Nestlé é um mousse de chocolate feito com creme de leite fresco e sem gordura, coberto por uma camada de chantilly m-a-r-a-v-i-l-h-o-s-a! É possível encontrar também nos sabores morango e baunilha. Uma delícia só! Agora dá licença que o meu tá aqui me esperando, ó:



  :P Nhammy!




terça-feira, 6 de março de 2012

Eastpak: uma mochila para a vida toda!

Salut!

Então...não sou nenhuma expert de moda, mas acho que posso falar um pouquinho do que eu vejo por aqui.

Então...vou comentar primeiro sobre as famosas mochilas Eastpak:







No metrô, na rua, na universidade, no museu...não importa onde você for aqui em Paris, vai encontrar muita gente usando mochilas dessa marca. Arrisco dizer que 80% das pessoas tem uma mochila em casa. Quando consultei meu assitente de edição (ou seja, meu namorado Damien), ele me disse que essas mochilas eram uma febre há alguns anos atrás. Aí eu fiquei me perguntando: por que é que essas pessoas continuam usando essas mochilas velhas?

Fui fazer uma pesquisa rápida na internet e descobri umas coisas interessantes sobre a Eastpak. Além da enorme variedade (não só de modelos e estampas, mas também em tipos de bolsas, malas, carteiras etc), a Eastpak tem garantia de trinta anos. Isso mesmo, eu disse TRINTA! Nem a sua tv mais moderna ou seu carro tem 30 anos de garantia...coisa de doido! hahahaha






Outro dado curioso que eu descobri é que a Eastpak começou como uma marca que fazia as bolsas para os soldados do exército dos Estados Unidos. Por isso que essas mochilas são resistentes! Hoje a marca faz parte do conglomerado da VT Corporation, conglomerado que abriga várias marcas famosas de bolsas e acessórios, como a JanSport e a Kipling.

Agora...para adiquirir uma dessas companheiras acima, tem que ter di$po$ição! Uma mochila dessas não custa por menos  de 50 euros, aproximadamente 120 reais. Eu desisti e resolvi ficar com uma genérica mesmo, que encontrei aqui por  20 reais. E você, acha que o investimento numa Eastpak vale à pena?






Fontes:
           http://en.wikipedia.org/wiki/Eastpak

          http://www.eastpak.com/it-it/zaini.html        



sexta-feira, 2 de março de 2012

Gérald de Palmas - L'étranger

Bonsoir!

Ça va tout le monde? Mais uma musiquinha hoje. Eu particularmente adoro este cantor! Vai ter um show dele aqui em Paris na próxima semana mas, infelizmente, não consegui comprar ingressos porque esgotaram rapidinho. Vou ficar só com o vídeo mesmo, assim como vocês!



De Palmas, para mim, é um cantor singular. Nasceu no território de Réunion e se mudou para o continente com seus pais ainda jovem. Inicou sua carreira no grupo Les Max Valentin, mas acabou seguindo carreira solo e ganhou fama ao ganhar uç concurso de novos talentos promovido pelo canal francês M6 em 1996.

Suas canções são recheadas de melodias cativantes, variando entre o pop e o rock. A grande maioria de suas letras falam de amor, mas com uma abordagem reflexiva, melancólica e altamente poética. Espero que gostem tanto quanto eu. À bientôt!

Site oficial: http://depalmas.artiste.universalmusic.fr/

quinta-feira, 1 de março de 2012

Liberda de expressão x negação da verdade


 Salut!

O babado da semana aqui na França é a não aprovação da lei que criminaliza a negação do genocídio armênio de 1915 pelos turcos otomanos. Essa lei, que havia sido aprovada em janeiro pelo parlamento francês, foi barrada pelo Conselho Constitucional francês, sendo considerada uma lei anticonstitucional. visto que representava uma restrição à liberdade de expressão.




Apesar dos protestos da grande comunidade armênia na França e da comemoração de representantes turcos no país, uma pergunta ficou martelando minha cuca: até quando a liberdade de expressão dá a pessoa o direito de negar um crime de escala tão profunda quanto o genocídio armênio?

Acho que é necessária uma reflexão mais demorada sobre esse assunto, para que não haja uma banalização do que é considerado o segundo grande genocídio da história moderna. Por mais que o país queira negar, durante o Império Otomano na Turquiq foram mortos ou deportados em torno de um milhão de armênios. Afirmar que isso não existiu seria o mesmo que rasgar todos os documentos que comprovam o genocídio praticado por Hitler durante a Segunda Guerra Mundial. O não reconhecimento deste ato como genocídio, no meu ponto de vista, é um crime não só contra a memória de todos aqueles que perderam suas vidas, mas contra os direitos humanos e contra o direito à verdade, defendido por várias organizações internacionais.





 No caso do governo francês a neutralidade se mostrou a melhor opção, visto que suas relações com a Turquia andam abaladas já faz algum tempo. Será que a liberdade de expressão deve mesmo estar acima da verdade? A liberdade de um ser começa onde termina a do outro. Será que a liberdade de negar este crime é mais importante do que a liberdade de defesa daquele que sofreu tão arduamente com tal violência?

Não acho que o Estado deve criar uma lei que impessa o cidadão de se expressar. No entanto, acho que é obrigação do Estado reforçar tanto o reconhecimento quanto o repúdio a qualquer tipo de genocídio, além de criminalizar grupos e organizações que pregam o racismo, a xenofobia e a violência contra os povos.


Fontes:

http://www.liberation.fr/monde/01012392790-le-conseil-constitutionnel-censure-la-loi-sur-la-negation-des-genocides

 http://www.tribunadodireito.com.br/noticias-detalhes.php?codNoticia=2704&q=Lei+que+nega+o+genoc%EDdio+arm%EAnio+n%E3o+%E9+reconhecida+pela+Justi%E7a+francesa